D'MANHÃ
Na manhã de nevoeiro,
Crepitam estrelas no ar,
Com sendas do infinitO,
Na escuridão deste luar.
Sinto as portas do além,
Permaneço longe do teu espaço,
Sem saber aquilo que quero,
Contigo estou embaraço.
Perduro vagamente no húmus,
Que são estranhas do teu ser,
Assim como Homéro
Que canta as Eneidas tão sentidas.
Um Vergilio, um Homéro, um Camões,
Medito e refliito -me nas vagas
Da minha solidão onde me embargo,
Nadando com as asas de vento.
Mas o além és tu,
Que vvees para além do infinito.
As etéreas manhãs de cetim
Vagueiam
No teu ser
Em mim.
Beijos se cruzam
P'la noite morta
Do teu sono
Interiormente.
Pensando em ti
LUÍS COSTA