Versos a você
Sua lágrima silente...
Em meu ser é uma lufada atra.
Seu olhar segredado em mádida,
Na minh' alma é uma estaca dolente.
Deixe - me precipitar, ao pego do seu ínfimo,
Haurir o feral cálix dos seus assomos.
Esmaecer seus celeumas esparsos,
Engelhar - me com seus padecer cavo,
Sofismar seu íntimo, com meus torpes idílios,
Entregar ao epílogo seus acerbos soluços,
Embeber - me com suas dolências bethovínicas.
Desvelar seus travos dissabores,
Inumar no silamento, seus tetros clamores,
Receber os látegos de suas vascas.
Em XXVI de junho de MMXI. E. V.
Dies martis.