Cantiga de amor dos alvores da poesia palaciana portuguesa

Uma cantiga de amor postada no fórum do mote poesia provençal

Cantiga de amor

Mia alma que vos retraia

En gran cuidado por mia senhor.

No mundo não me sei parelha

Já cá morro por vós e ai eu

Mia senhor en gran cuidado

Quererdes que vos retraia

Semelha que não acreditais

Que não vos vi feia

Os meus olhos vos sois

Tamanha formosura

Por quem padeço de amores

Semelha ai eu me cuidais

Pois me hei dilatado

Guarvaia almejaria

Assim teria mais valimento

A vossos olhos mia senhor.

De vos me consumi de querença

Me foi mal desde aquele dia…ai eu

De T,ta

07-10.07

11:14

Comentário ao texto que acabo de escrever imitando a forma de escrita da época. Com algumas citações.

Esta cantiga de amor, em que o poeta se dirige à mulher amada, louvando-a por seus predicados de formosura e dizendo-lhe que a ama desde o dia em que a viu, mas como é de baixa condição social, não tem vestes apropriadas e assim lamenta-se.

Mia senhor - era a forma de se dirigirem a uma dama de alta estirpe.

Ai eu - era o lamento.

Parelha -igual

que vos retraia-que vos descreva

Semelha -parece

Guarvaia- vestimenta palaciana de luxo de alta condição social

As condições sociais muito demarcadas ao tempo não permitiam a aproximação a grandes damas por gente da plebe assim só os trovadores se atreviam com as suas cantigas.

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 08/10/2007
Código do texto: T685455
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