A PUREZA DO NOSSO AMOR.
Sou um plumitivo artesão, que colhe perolas as margens da mente, e as emolduro conscientemente, em talhas de delicadas cores em profusão, ao mesmo tempo as conservo em alinho, até que as entronize em um céu espelhado de carinho, e faço resplandecer em tons deslumbrantes, poesias vibrantes, peneiradas de simetrias enleantes, ate as espargir em gotas incessantes de poesias.
Penso iluminar até pela luz de uma vela, essa aquarela ao largo dessa paragem, somente com a tua imagem, que ondula na passagem de uma onda pela sua margem, e até elevar um cântico harmônico na alvorada, pelo som de uma harpa prateada, que preenche a alma de emoção, em substituição a estrepitosa queda d’agua em sua precipitação.
Tento cultivar o teu jardim com máximo desvelo, em uma sementeira com delicado modelo, a compartilhar ardentes aspirações, com emoções diferentes, em latentes formas correntes. Tu és o meu anjo consolador, a misturar-se com o cântico aprazível de um beija-flor, e o cintilar de um arco-íris em resplendor, que é o reflexo total da pureza do nosso Amor.