Insanidade

Oh minha insana mocidade!

Sinto-me como um velho galho de espinheiro,

Dos beijos que me deste em outra vida sinto saudade!

Do amor de agora , as tardes dolorosas, destrói-o por inteiro.

Quem me dera, voltar a Primavera!

Aquela criança que em ti via a nobreza de um doce poeta,

Que dos teus versos brotavam rosas,

E não palavras tão dolorosas!

Hoje sou uma sombra de um sonho,

Que na vida não teve sorte,

Dolorida descobriu que em ti não estava o meu norte!

Procuro não me lembrar! Quem me dera

As tuas palavras, outrora carinhosas, fazem ouvir dentro de mim.

E eu, assim com fui dantes, volto ao meu sonho de quimera!