MANA
Não que desejo lhe ver morta
- não a verei!
Nossas lembranças encontrarão materialidade no que há de se pensar eterno.
E ternos os nossos embates, desencontros, conflitos, confidências, descobertas,
veias ainda abertas conviverão nas paragens de dias vagos,
periclitantes à amplidão "ad infinitum",
porém,
bem vividos!
Reinarei triste e sozinho sob os signos trágicos de seu retorno astral, já que o meu choro simples e mortal
não impedirá aquele beijo triste, beijo lindo,
prolixo em sua juventude, que a conduzirá numa valsa a altares, mesas brancas e púlpitos bem distantes
do abarcante à cognição humana.
Vá e não volte jamais,
Mana!
(RODRIGO PINTO - 21/01/2020)