A enchente do rio Santana
Não devo negar o óbvio
Meu canto até existe
Mas persiste em não reverberar
Sofreguidão sem fim
Não ser feliz nem infeliz, como será?
Minha alma diz para consolo meu
Viver da melhor forma
A beleza uni e desuni
A natureza perene ama
Aos que dela cuidam...
Transbordam rios
E o Santana com sua ponte invisível
Consome toda gratidão
Que grátis foi por piedade
Na bondade dos deuses
Que nem mais existem...
Façamos da enchente um lição
Praticando a solidariedade
Que na verdade imaterial
Todos tem para dar
Sejamos simplesmente nós, nós sempre nós.
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Obs.: O rio Santana corta a cidade de Sericita na Zona da Mata de Minas Gerais - Brasil.