A FESTA
Eu sei que é por demais estranho, um absurdo sem tamanho, mas,
Não sei desligar, não consigo parar de pensar, de sentir e de sorrir,
Como quem viu passarinho verde, como quem joga a rede e pesca.
A conquista mexe com o ego, bagunça tudo, rejuvenesce, cria clima,
Enquanto a alma esquece, o tempo tece seu melhor momento, favor
Que merece mais que gratidão, retribuição, bom uso e compreensão.
A distância permite que eu segure a sua mão, concede uma canção,
Nossos corpos percebem como são, não escondem, apenas gostam,
Fazem das fotos, estradas, dos vídeos, pousadas e se deitam a sós.
Nossos versos se misturam e a sopa de letrinhas mexeu bem pouco,
Louco foi o querer desses seres, que sem juízo subiram além da lua,
Conclua o que quiser e, salve-se quem puder, o assunto é se divertir.
O amor da adolescência vira a cama do agora e, sem demora, aflora,
A flor do jardim vira jasmim, realça o carmim da boca e, quer seduzir,
Agora, ouça a festa pela fresta que resta, que hoje, ninguém dormirá.