Coma-me!
Beba-me
Meu líquido é suave
Escorre em teus gemidos
Beba-me e guarde-me
Em tuas entranhas
E delírios
Meu licor é sagrado
Coma-me
Como teu prato favorito
Acrescenta pimenta
Para dar mais gosto
Aumentar a fome
Coma-me e beba-me
Ou beba-me e me coma
Na mesa e na cama
Com todos os dedos
Abocanha minha ceia
Coma e descanse
Ainda há um refresco
Para ser preparado
Do caldo do seu pé de cana
Então...
descansa...
E,
depois,
saciado,
coma-me de novo!!!
Não há mal nenhum em repetir a comida...
Rose de Castro
A ‘POETA’