EU SOU A VIDA, EU SOU O PRÓPRIO AMOR.
Estou sempre tentando fazer a minha frustração virar uma resignação, e pela primeira vez faço coisas sem sentido, sem sentir emoção. É como partir um coração em partes nada igual, em vez de virar uma vírgula, permaneço no ponto final, ou simplesmente faço um rabisco. É assim quando se perde o elo que nada pode substituir, ou para ser guiado sem dirigir, sem conserto, e desfeito pela luz do hoje, que volta para nos unir.
Lanço pelos ares no deserto dos meus pensamentos, palavras secas, que contagiam os sentimentos amargurados, versados por fagulhas de brasas incandescentes, que são como pedaços do nosso sol interior queimando os nossos momentos, e desatando completamente os laços de todos os nossos anseios que teimam em nos controlar, mesmo com as melhores palavras que consigo escrever, fico a maturar a saudade que não me deixa esquecer os lamentos que vem me torturar de queixa.
Assim, eu desocupei o meu céu para receber uma estrela, apostei cada palmo desse caminho imaginado, para que nada possa dar errado, e que seja só de um olhar calmo e penetrante, sem surpresas, mas, com uma frequência constante, como o brilho do diamante, que é essa tua luz radiante. Estou agora encarando uma mudança nos meus pensamentos, nos relacionamentos insatisfatórios, nos aborrecimentos, e me dispor a outros desafios nos meus aditamentos.
Só espero que uma lógica superexperiente me diga o que fazer e porque fazer, para escrever as palavras que sempre vêm me ajudar a compor isso pela minha crença, assim como sei que a intuição move a ação do mundo imanente, do efêmero potencial sapiente, para o mundo do poder e da presença.
É quando sempre me dou conta das passagens abertas, do agora que sou uma bola sem cristal, um anel sem pedra, um veio sem ouro, uma mina sem tesouro, um brilho sem ser diamante. Sou apenas o vento passante que sopra por dentro da minha própria mente, sou a promessa a ser cumprida, sou o som mesmo sem instrumento, sou o obrigado de todo agradecimento, sou a Meca de todas as respostas a todas as perguntas, sou o volume de todos os líquidos, sou o balsamo de varias dores, sou o perfume de todas as flores, sou a raiz da flora e o instinto da fauna, sou a marca de todos os produtos, sou o eco de todo sistema, sou agora o termo do meio em consciência, sou o resultado de toda ação, sou o palco principal da ilusão e de toda peça, sou a inspiração de todo poeta e trovador, sou a coragem do medo, a fartura da miséria, sou a escala para medir o tempo, sou o método que não pode ser ensinado, sou o sonho ainda não realizado, sou a canção que ainda não foi composta, sou o a pergunta sem uma resposta, sou o bloqueio e o anseio de todo escritor, eu sou a vida, eu sou o próprio Amor.