CARTAS DE AMOR PARA A ALMA

Baby,

Não venha despetalar as horas,

Para a solidão ... Não venha de esporas

Para o refrão.

Não venha...

Como dói ouvir você mastigando,

Na sala de jantar,

Um de frente pro outro mastigando

Sonhos, cinzas no olhar.

Como dói enchergar;

Esse prato limpo, essa boca suja ... Aonde você está ?

Antes que fuja, vamos desconversar, antes que surja

Esse trapo, pano de prato encardido de amar.

Diga,

Qual é a desfeita que intriga o nosso lugar,

cedemos

prioridades a coisas vantigas que nem geram briga.

Enlouquecemos?

Será que enlouquecemos nas cantigas do ar?

Desde que a morte mandou notícia você se calou,

Desde de quando ela virou notícia, você mudou.

Será o medo

Será esse o teu segredo, teu despreparo

Para enfrentar em luta o que há em ti de mais caro ?

Para de besteira, me diga, fale algo, to cansado de mastigar

De te olhar, de tentar entender o que será.

Se cairem retrospectivos cometas do céu,

Sómporta o agora.

Se gritarmos por sangue e suor sem troféu

O importante é agora

Se nos tornaremos versos queimados em qualquer papel

Aproveitaremos toda a beleza que há agora

Apaixonados e viciados

Loucos, desembrulhando momentos

Sem futuro ou recapitulação de tormentos.

Correremos puros

Até que percebam o que é morrer pela a vida.

TVeiga
Enviado por TVeiga em 21/01/2020
Reeditado em 25/01/2020
Código do texto: T6847308
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