CARTAS DE AMOR PARA A ALMA
Baby,
Não venha despetalar as horas,
Para a solidão ... Não venha de esporas
Para o refrão.
Não venha...
Como dói ouvir você mastigando,
Na sala de jantar,
Um de frente pro outro mastigando
Sonhos, cinzas no olhar.
Como dói enchergar;
Esse prato limpo, essa boca suja ... Aonde você está ?
Antes que fuja, vamos desconversar, antes que surja
Esse trapo, pano de prato encardido de amar.
Diga,
Qual é a desfeita que intriga o nosso lugar,
cedemos
prioridades a coisas vantigas que nem geram briga.
Enlouquecemos?
Será que enlouquecemos nas cantigas do ar?
Desde que a morte mandou notícia você se calou,
Desde de quando ela virou notícia, você mudou.
Será o medo
Será esse o teu segredo, teu despreparo
Para enfrentar em luta o que há em ti de mais caro ?
Para de besteira, me diga, fale algo, to cansado de mastigar
De te olhar, de tentar entender o que será.
Se cairem retrospectivos cometas do céu,
Sómporta o agora.
Se gritarmos por sangue e suor sem troféu
O importante é agora
Se nos tornaremos versos queimados em qualquer papel
Aproveitaremos toda a beleza que há agora
Apaixonados e viciados
Loucos, desembrulhando momentos
Sem futuro ou recapitulação de tormentos.
Correremos puros
Até que percebam o que é morrer pela a vida.