O mar de amar
Recordo você e o mar à nossa frente
A confidenciar silêncios derramados
Que ecoam tanto querer somente
Quando te envolvo em meus braços.
Elevo-me se por trás te cerco
Tudo se encaixa, não há espaço
Apenas o universo que me perco
Na vértice desse compasso.
Sinto a brisa fria e cúmplice
Quando expira o teu perfume
O arrepio, o dulçor deste cálice
Que desorganiza o cardume.
Vejo o teu olhar filtrando o meu
Quando ele nunca se resume
Aos efeitos, que já comprometeu
Até do luar, inigualável, o seu lume.
A maré alta do meu coração
Contradiz a respiração esquecida
Ele fala com completa vibração
Ela cala totalmente enfraquecida.
Com você, o tempo tão apressado
Não alcança o fim do contentar-se
Ao ter a sua presença lado a lado.
Tudo é lindo só de imaginar-te!