O que se repete
E te deixando de lado
Como um chapéu de abas, sofisticado
Um blusão pesado
Lenço no pescoço
Barba por fazer...
E assim deixar-te me ler
Me seduzir
Me precaver
Afinal, não há luta nessa situação
Apenas o entendimento
Um astro pode não ser uma estrela
Quem sabe no máximo um asteroide, um cometa
Versos de gaveta intensificando a criação
Não há mais nada de lado
Não se joga versos inspirados no lixo
Inspirações, pirações da alma
Por assim dizer:
Deixar-me de lado, largar minhas mãos
Deixar-me ir sem mesmo me olhar
Criar atalhos na multidão
Dessa forma a perderei no meio do tudo
Que há em nós dois