Anjo Protetor
Minha alma se exprime
De meu corpo que desfalece
Sinto o peito queimar
E, com ele, minhas esperanças vagam
E a saudade recai em mim
E com ela, um rio de lágrimas rola.
Na face, que em silêncio vela,
O anjo protetor que partiu
E deixou órfão, meu coração.
Até parece um sonho
Um pesadelo, talvez.
Nego torturar-me com pensamentos sombrios
Sinto o frio em minh’alma que habita o vazio
Que o meu protetor, num passe de mágica, deixou.
Sinto medo.
Minh’alma se órfã
Dos beijos e carícias que me acalmavam
Dos abraços apertados que me protegiam
Do leve toque das mãos serenas que abençoavam
E me conduziam, quando não me encontrava.
Sinto sua presença, um presente
Mesmo agora, tão distante.
Meu protetor é um anjo, é estrela.
Que guia com brilho constante
Jamais se apagará, jamais morrerá.
Me protegerá eternamente.
Homenagem ao avô Antonio de Almeida
falecido em 18/03/2006