Rosas ao Vento
Se perder um amor não se perca, se o achar segure-o.
Fernando Pessoa
Lançada ao éter, ao alto, uma rosa em botão.
Subiu como rojão, ao céu, no empírio carnal.
Com destino certo, ao ponto, com sorriso acolhe.
Chegou como benção, ao ser, em afeto sonhado.
Espalhado ao léu, em mim, um coração em brasa.
Ascendeu tal florão, a ti, mulher em ávida utopia.
Com fadário pulcro, a nós, um abraço meigo.
Abordou como amor, a tudo, em alento franco.
Alastrada ao nada, à alma, em rósea fálica ilusão.
Arremeteu como anseio, ao bem, em desejo tântrico.
Com fado intenso, pós cito, álacre encontro cabal.
Regozijo apônico, a dois; - Verbo que se fez carne!