O BAILE

Inatingível como um cume.

Escalada impossível.

Cura de uma incurável praga

Corrói essa ansiedade.

Divagações valsando por

Um imaginário baile.

Passeio pelo salão escuro,

Procurando o amor.

Tenho a impressão de que

Tudo é verídico.

Não quero acordar

Para ter esse prazer comigo.

Inqueto-me nos lençóis.

Incessantemente desejo

Galgar o pico, subir se preciso for.

Varar mil e uma noites,

Para realizar o encontro

Desse amor irreal

No meu imaginário baile.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 07/10/2007
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