Na alma distraída e cansada
Na alma distraída e cansada
Não há alegria, só desdita
Não há aclive, só descida
Do amor sutilmente afastada
Na alma caída, pois erguida
Há desdita, mas alegria
Há descida, mas subida
No amor sutilmente abraçada
Não penses, pois, aquele que ama:
Que a força sozinha é soberana
Alma que ama também se acanha
Mas o amor que fora chagado
O temor torna em ousadia
De amar sempre renovado