Elo
Tudo se vai
a chuva que passa
A uva sem graça
Mas tu resistes em estar
Entre escombros e fumaça...
Tua luz me guia, me abraça.
Lágrimas caem
As minhas, tão frias!
Também são tuas, sabias?
Dividindo teu peito comigo
Onde o amor fez estadia
Escrevi contigo toda poesia!
Envoltos num elo
Presos, tal qual flagelo.
Nossa semente já plantada
Floresce de amor por ser regada
Lá do alto do teu castelo
Escuta o meu canto enamorada.
Se toda paixão
Advém do apego e candura
Então meu amor que sem sentido
Que já nasceu cego e perdido
Ao chão, açoitado e ferido
Hoje encontrou em ti a cura