Varizes poéticas

Ouça os passos pela rua, as passagens apressadas,

A incessante marcha por sumir... Em segundos

Tudo passa. Nada fica. Nada que permita presumir

As caminhadas e o destino fatal.

As pipas que hoje voam, no céu, simulam a enseada

Trazem brisa e o som da saudade de um mar

Que entre nós já secou. Não há palavra perpétua

Nem fotografia discreta que conte que houve amor.

A poesia aberta é memória de uma época do coração.

Conta o que ninguém mais fala. Lembra e se abala

Com o triste rumo das nossas falhas.

É tudo que ficou. Nada há a mais, não.

Josué Brito
Enviado por Josué Brito em 10/01/2020
Código do texto: T6838812
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