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Nosso Olhae - 2ª Parte

Se tu estás a vagar... eu me acho esquecida,
perdida a contemplar a vastidão deste mar
e sob a brisa morna, sentada na areia fina
aprecio o vai-e-vem das ondas - fico a te lembrar.
Sorriso menino, cabelo desalinhado,
Olhos apertados, pele bronzeada,
mãos carinhosas,
voz vitoriosa, ora terna, por vezes amorosa.

Ah, que saudade doída.
Ah, como compreender esse avesso de mim?
Quero e não te quero.
Sonho e não te sonho.
Desejo e não te desejo.
Certo é que os seus olhos eu não esqueço.

Seu olhar fixo, profundo e radiante
a inundar de luz o cristalino dos olhos meus
está marcado eternamente nas estradas
tortuosas dos pensamentos desta
que dizes amar tanto.

Sim! És o meu amor menino.
Amor contagiante, efervescente, passageiro e
como todos os amores infantis, igual ao sol poente;
Também, o meu amor-jovem.
Amor impulsivo, insensato, instigante e como
todos os amores adolescentes, efêmero tal qual o tempo;
Ah... Amor. Vós sois sim o meu amor-maduro.
Amor aconchegante, iluminado, atemporal e como
todos os amores adultos, real a renovar-se a cada dia.

Sim! Hei de voltar.
Quero o amor que transcende do teu olhar,
mas, não sei até quando vou ficar.
Deixa assim. Vem? Vive o presente.
O futuro não nos pertence.

Absorve a paz e o amor do meu olhar, pois,
a vida não espera e
com você quero, te quero, mais que tudo com você eu quero
apreciar os crepúsculos mais lindos,
as noites enluaradas mais belas e
o colorido das estrelas, presentes da natureza
fascinada pela compreensão cega do nosso olhar.

Alvaniza Macedo.
Em, 18 de outubro de 2015