O TEMPO E A VIDA.

Eu tento me apropriar do tempo em que estou apenso à vida, esse que nos transforma e nos encontramos nele em guarida. Procuro sempre ficar atento à palavra que existe em meu interior, pois a palavra é honra, mas, nem sempre honramos a palavra. E ao labor de mais um dia que passa, se dissolvendo completamente em letargia, e ficamos a recolher as migalhas que ela nos deixa tanar sem lamento, algum mal que nos angustia, mas que é comodamente uma deixa a nossa filáucia.

Eu preciso me concentrar de qualquer modo, que esperar seja um ensejo, ou por um viger, na evidência que eu vejo a ocorrer, como se eu fosse um passageiro frequente, em sua vida passada. Mesmo, quando as minhas extensões estão conectadas em tua trama, que acinzenta a minha mente em flama. Pois sinto que estou rompendo o chão com frequência, e o faço, com a ponta dos meus dedos um fio de navalha, sendo que eu estou à procura de uma jornada, certo que há alguma esperança estuada, e mesmo que ela esteja fragmentada, penso em encontrar um meio de ver, através de uma nevoa arraigada.

E nessa hora, eu olho para ver o que havia entres as linhas do meu imaginário, e não posso advir um lugar, ao qual eu estou olhando, para a minha outra metade desse meu questionário, onde não posso mais ir, sem sentir o vazio que se instala no meu coração, que é um espaço em que eu guardo a emoção. Peço a pausa para uma teoria ou um modelo, de como lutar pelo momento do agora, ao invés do qual eu possa ganhar em um dia de desvelo.

Eu espero que possamos começar a ver uns aos outros em igualdade, mas, nós sabemos o que as memórias podem nos trazer em frugalidade, e vamos guardando coisas vagas de outras palavras em evasão, quando perdemos a nossa mente pequena para a ilusão, para que possamos nos libertar para a vida. E só depois, nós requeremos e erguermos o nosso muro sem janela, que nos libertam ao olhar que nos revela, e nos expõe ao nosso futuro em efusão.

É quando eu me alimento em cada pensamento, dos sentidos que se fazem entorpecer, e se enervam de todas as mentiras e do fingimento. Pelo final do meu primeiro começo, e pelo raro e inesperado apreço, que eu tenho em me reconhecer.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 08/01/2020
Código do texto: T6837095
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.