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Nosso Olhar

Cá estou a vagar entre meus pensamentos.
Caminho pela praia,
as ondas tocam os meus pés,
o vento beija os meus lábios e
o sol poente em seus últimos suspiros
tenta aquecer o meu espírito.

Em vão!

Como apreciar tanta beleza se falta você?
Ah, meu amor quanta falta do seu olhar,
do seu abraço, do seu perfume inebriante,
do seu sorriso largo, travesso e infantil.
Volta pra mim! Desejo o teu amor,
a lucidez da sua mente, a paixão que te move,
a força existente nesse corpo delicado.

Quero tudo que há em você,
quero você com acertos e erros,
qualidades e defeitos – mas... que defeitos?
Vem amor, não me deixas triste assim.
Traz-me a sua voz doce, a alegria dos meus dias,
a cantarolar este entardecer e a recitar o vai-e-vem
das ondas deste mar, em versos e em poesias.

Vem, amor meu. Olha nos olhos meus.
Aquece o meu espírito, toca o meu corpo
e beija os lábios meus através dos olhos teus
fonte natural que jorra luz, ternura e desejo.
Quero, te quero, mais que tudo você é o que eu quero.
Ah... Você há de voltar! Pois bem sei que também
se encantou com a beleza do meu olhar.

Sou o teu amor-menino, àquele que te admira,
o que te surpreende, que te faz surpresas,
que se esconde e de repente se faz presente.
Sou o seu amor-jovem, àquele que relativiza o tempo,
o que te deslumbra, que te embaraça,
que se mostra não importa a hora e nem o lugar.

Sou o seu amor-maduro, àquele que te aponta o caminho,
o que te ambiciona, que te quer amar,
que anseia se perder e se encontrar na luz do seu olhar.
Desejo... como desejo, sonho... como sonho,
reviver nossas lindas tardes de cumplicidade,
do entendimento genuíno dos olhos teus nos olhos meus.
Da compreensão cega do nosso olhar.
Vem amor, deixa eu te amar?!

Em, 20 de setembro de 2015

Alvaniza Macedo
08/01/2020