ENTRE O AMOR E O AMAR.
Quando um desejo se faz presente, é similar a uma pedra em brasa incandescente, presa em uma corrente do pensamento aparente, e assim eu te descrevo através desse teu olhar atraente, e que é uma nascente, em que eu te contemplo pelo tempo inconverso e em viva saudade. E assim eu recrio esse verso, imerso em profunda sobriedade, com a finalidade de me aninhar em teu colo, esse solo um tanto relvado, regado pelo orvalho, embebido em um suco de liquido salgado.
Essa memoria que se acosta em minha cercania, vem em analogia ao teu modelo, quando é feito por um apelo, da fantasia que se alinha como um esquema, em um convívio com o meu poema, um sistema em estruturação, coberto por estrelas guias, e com as mãos vazias em significação. Procuro me pender pela tua presença, pelo teu toque em teor de fina Florença, de um sonho em renascença.
Porque o desejo, deve sempre ascender ao conhecimento, pelo entendimento visível do nosso exterior, para transpor e se entrelaçar ao Amor, a fim de desenvolver a intencionalidade de um procedimento, seja ele de momento, desde que o intento venha para conhecer o desconhecido, e seja estabelecido como novo assentimento, e nos transformar em um profícuo receptor.
O nosso entrelaçamento é intangível, esse iniludível cruzamento entre o Amor e o Amar, tanto pela realidade da emoção, sem se deixar desestabilizar, isso internamente sempre que for possível, pela capacidade de emular a natureza mental incognoscível, até conter a tempestade de pensamentos coerentes, pelas correntes de ideias e a mais tênue sensação, pelo tamanho da própria imagem, refeita pela paisagem que é o estimulo da resposta, essa proposta em que o Amor nos mostra, através de todo o projeto feito pelo coração.