Aquela rosa
Uma pequena lembrança deixada
No final da tarde, daquele dia.
Fazia forte calor,
O vento soprava fraco.
Ao fundo, se via uma pequena nuvem negra.
Poderia ser o início de uma garoa.
Na soleira da porta,
Abaixo da escada,
Rodeada de algumas pedras,
De altura não muito grande.
Banhada por um pequeno filete de água,
Onde se via algumas formigas passarem perto.
Inclinada para o lado esquerdo,
De pétalas vermelhas,
Desgastadas pelo tempo,
Anunciavam que perderia o brilho bem próximo.
O caule ainda verde,
Via-se os poderosos espinhos com pontas vermelhas
Que poderiam ferir quem ali a pegasse.
Uma rosa vermelha.
O presente deixado por um longo amor.
Restos de uma pequena vida
Não muito longa,
Mas um presente que ainda suspira.