e assim a Morte sorriu
a primeira manhã chega
sem música para lágrimas
que jamais verão a cama
de histórias retalhadas.
toque teu violão feito o coração
de um adolescente recém apaixonado,
cada frase é importante ser dita, até ser dita.
toda chuva é necessária, “a primeira
chuva do ano não faz mal a saúde,”
minha mãe sempre me dizia.
depois da tempestade, a calmaria
repousa como se não tivesse sido feita.
o sol abraça os mendigos e seus
animais. as putas, os boêmios, e quem
ainda sofre por amor. as crianças, os
pássaros, o professor e o trabalhador
que luta em outro ônibus
apertado
feito uma cela de presídio,
dormindo em pé, de barriga vazia
e banho tomado.
e eu me deito depois de ouvir o primeiro bom dia;
sem sorrisos, com mau hálito e um vento forte
secando as palavras de meus olhos.
mas o Homem se levanta,
desse jeito
encarando sua prepotente criação.
sem saber o que acabara de fazer,
deu seu próprio nome aquilo que o encarava.
sem tudo o que sabemos,
o crepúsculo da vida seria menos
doloroso.
a primeira manhã chega
sem música para lágrimas
que jamais verão a cama
de histórias retalhadas.
toque teu violão feito o coração
de um adolescente recém apaixonado,
cada frase é importante ser dita, até ser dita.
toda chuva é necessária, “a primeira
chuva do ano não faz mal a saúde,”
minha mãe sempre me dizia.
depois da tempestade, a calmaria
repousa como se não tivesse sido feita.
o sol abraça os mendigos e seus
animais. as putas, os boêmios, e quem
ainda sofre por amor. as crianças, os
pássaros, o professor e o trabalhador
que luta em outro ônibus
apertado
feito uma cela de presídio,
dormindo em pé, de barriga vazia
e banho tomado.
e eu me deito depois de ouvir o primeiro bom dia;
sem sorrisos, com mau hálito e um vento forte
secando as palavras de meus olhos.
mas o Homem se levanta,
desse jeito
encarando sua prepotente criação.
sem saber o que acabara de fazer,
deu seu próprio nome aquilo que o encarava.
sem tudo o que sabemos,
o crepúsculo da vida seria menos
doloroso.