Flor-do-natal
Na rede de dormir da minha infância,
eu fiz um buraquinho, com o dedo,
para enxergar o mundo em segredo
e cutucar o medo à distância.
De lá eu escrevia o enredo
de cada um dos sonhos de menino.
De lá eu dava ordens ao destino
como se o mundo fosse de brinquedo.
Da rede de dormir da minha infância
me restam os vestígios da fragrância
das flores que plantei no meu quintal.
E uma dessas flores, eu me lembro,
brotou em vinte e quatro de dezembro,
e floresceu no dia de Natal.
Desde então eu trago aqui comigo,
pra dá-la de presente a um amigo,
pois que não há no mundo outra igual.
Na rede de dormir da minha infância,
eu fiz um buraquinho, com o dedo,
para enxergar o mundo em segredo
e cutucar o medo à distância.
De lá eu escrevia o enredo
de cada um dos sonhos de menino.
De lá eu dava ordens ao destino
como se o mundo fosse de brinquedo.
Da rede de dormir da minha infância
me restam os vestígios da fragrância
das flores que plantei no meu quintal.
E uma dessas flores, eu me lembro,
brotou em vinte e quatro de dezembro,
e floresceu no dia de Natal.
Desde então eu trago aqui comigo,
pra dá-la de presente a um amigo,
pois que não há no mundo outra igual.