OUTRORA

Há uma tocha de tons de sons

Nas sombras de um corpo que dói

Que arde se faz ferida sangrenta

Descomprimida saio de dentro

Da pressurização evaporando-me

Alquebrada dos cacos me refaço

Esculpo novo rosto roxo mocho

Devastados janeiros de ilusão

Em nevoeiros tristes e sombrios

Eu que gosto de cores tons de flores

Do arco ires refletido na ires no céu

De seus olhos sombreiro cor de avela

A gosto de maça mordido a dentada

Volúpia encantada tão saborosa

Da boca que beija do úmido cio

Da inocência perdida esquecida

Das memorias, antigas saudades

Translouca quando jovem atirada

Condeno os atos de outrora agora

Se pelo menos poeta fosse fiel amigo

Escreveria o nome no peito na carne

Viveria contigo, como comigo estivesse

Mulher das pérolas da pele aveludada

Dos seios fartos rosados visão suprema

Para um amante de outrora ou agora

ADELE_PEREIRA

20/12/19

adele pereira
Enviado por adele pereira em 20/12/2019
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