Sabiá
Ah, sabiá do alvor... Fita esta treva!
Cobre a doçura que te eleva,
Repousa já o teu vão estribilho,
É dor que eu contigo partilho,
Pois sou a nobre memória do amor,
Que hoje é um catre e sem valor...
Resiste ao corvejar desta caterva,
O lume d'outrora? Preserva!
Fato é que não há sangue neste trilho,
Substância viva de honra e brilho...
Só verte a essência indigna do infrator...
Tomba-os com tua ode ao pudor!