FRAQUEJANDO AOS POUCOS
Como se fosse coisa do outro mundo, eu imaginei.
Quando ela contou que chegou a ficar...
Você acredita que é comum essa facilidade que eu tenho.
De ficar com a calcinha encharcada logo depois de alguns versos.
Viro personagem ao lê algo que você escreve que me desperta desejo.
Sou nitroglicerina pura à beira de uma explosão
Ao toque de qualquer faísca sua que eu for exposta.
Inflamo, você me faz querer perder o juízo.
Haja fôlego para não cair nessa tentação
Que há tempos me vejo fraquejando aos poucos...
Você não faz ideia do que é isso!
Aquela velha ansiedade conhecida.
Que só quem desceu a montanha russa sabe Como é fechar os olhos de medo e gritar sem parar.
Na prática o medo é de nunca sentir em vida
Essa intensidade pulsando dentro do seu corpo.
Entre gemidos e espasmos você se encontrar ali extasiada
Alguns minutos depois de sentir no carro sozinha
O gostinho da sensação escorrendo nas pontas dos dedos...