Odisseia

Ainda na boca o sabor molhado da tua.

Escrevias-te em mim.

Tudo que és estava no passeio lento dos dedos por onde houvesse pele,

por onde sabias que precisava.

Lia-te onda por seres mar.

E o mar rebentava em mim para arrastar a noite

até onde os barcos se proíbem.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 17/12/2019
Código do texto: T6821337
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