Cintilar
Cintilar
Amanheceu à luz adentra toda escuridão da alma que chora
Abandona toda incerteza da vida
Nem trago medo da voracidade do mundo no coração
Às horas tentam fugir do domínio do relógio
O calor que esse novo dia trás toca minha mão
Deslizo lentamente por sobre o lençol
Buscando por te meu amor !
É triste tamanha desolação
Cama vazia olhos que buscam
Em toda parte de uma pequena fração do teu ser
Serve mesmo um rastro cheiro um retrato
Te tocar suavemente me libertaria dessa prisão
Não te ter ao dia muito me desanima à noite aumenta à loucura
Essa dor desumana da privação
Que mais me causa sofrimento tua presente no meu ser
À falta do toque do teu sorriso posso te sentir nas lembranças
De acordar te ver agarrada ao cobertor
Meio que com chame quiçá preguiça
Te ver abrir os olhos e logo saber que sou o dono desse cintilar
E estar nesse brilho logo que me toca
Nossos corpos ardentes à luzir pelo amor além do prazer
Ricardo do Lago Matos