Quando o amor se esconde
Certa noite li entre as estrelas,
que o céu me pertencia
e que eu era anjo de mim e
dono do teu coração.
Me esqueci de reler o firmamento,
depois de passado um certo tempo,
e não mais achei no mesmo céu,
as mesmas estrelas,
talvez, levadas pela força de algum vento,
sem eira nem beira,
e ficaram, pois, distante dos meus olhos.
Seco, os olhos,
desaparecidos nas lágrimas
de minha insônia,
fui tentar sonhar de novo,
sem broto algum de esperança,
sobre a mesma cama
que me suportava quase absorto.
Olhei para o mesmo céu
e agora vi teu olhos...,
mais belos
que a própria lua no céu,
engastada no mar,
feito grande abrolho,
sorrindo e a segurarem
nosso amor sonhando.
Dou-te o céu do meu amor apaixonado.
Convido-te a viver para sempre
a meu lado,
como fiel companheira dos meus passos,
um abraço carinhoso, bem demorado,
quando dois amores
se amam e se completam
Para nunca mais deixarem de ser uma linda festa.
Poema inédito (17/12/2019)
Paulino Vergetti