MÃOS

Sinto na minha memória um

entusiasmo

Vívido incontrolável ao pensar

em você

Ouve-se no silencio da noite o meu

chamado

Não preciso vasculhar a mente está

na derme nos poros

No meu próprio corpo na suavidade

das mãos na languidez

Nas madrugadas quando vislumbro seu

rosto imaginável

Luto contra a vontade de querer-te a

carne clama

Fecho os olhos sinto-me seus braços

sua boca seu sussurrar

Desejo um beijo lento deliberado sugas

audacioso

Ultrapassando os limites da imaginação

na satisfação dos prazeres

Trazendo à musica corporal em poemas

a mim ofertados

Esboço um sorriso suave malicioso ao

pensar no adorável menino

Galanteador travesso que ultrapassa

A fronteira da malicia

Despudoradamente técnico em seus

controláveis mimos

Olho as minhas mãos e desejo que

fosse as suas

Pois as minhas não se equiparam a

elas: vejo-as

Ouço o comando de sua voz leve como

a pluma que encantas como o demônio

ADELE PEREIRA

14/12/19

adele pereira
Enviado por adele pereira em 14/12/2019
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