Helena II

Helena, querida!

Às pressas, escrevo-te não em prosa, mas em rima.

Tu que deste tanto amor a mim,

concedeste felicidade a esta alma há tanto ida.

Coloco-te sobre as cousas acima

— e peço que o faças outrossim.

Pois quero ver-te a beleza crua

(e que ela nunca se obstrua!).

Deixo-te meu sincero convite:

Está tu na Sé, à noite, a par do meu limite.

Lá estarei e será o nosso zênite.

E, ó que belo, à alvorada!

Que lindo será, Helena!

Como serei feliz a par de minha namorada!

(ANTÓNIO DA GAMA E BRAGA)

vanTyb
Enviado por vanTyb em 13/12/2019
Reeditado em 11/05/2020
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