Melancólico

Mais uma vez, me encontro com a escuridão.

A melancolia que eu julgava ter esquecido.

Bastou você ficar longe por algumas horas,

A sua ausência fez de mim um fraco.

A penumbra da noite chega cada vez mais cedo

E eu não me lembro a última vez que dormi de verdade.

Fechando os meus olhos tarde e abrindo-os cedo.

Vivo pouco, mas, sem você, não é nada mesmo.

Minhas mãos estão afundadas na lama,

E só então, eu reparo que estou engatinhando.

E justamente por já estar engatinhando, eu me deito,

Apesar dos pesares, a lama ainda me envolve.

Não me importo com o frio, ou com a umidade,

Com a noite, ou os insetos.

De qualquer maneira, dormirei mal, ou nem dormirei.

Vou me embalar com a melancolia, sonhando com seus braços.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 11/12/2019
Reeditado em 09/09/2020
Código do texto: T6816077
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