EMBRIAGAR-ME DO POEMA
Eu te peço simplesmente,
Para amar quem sou!
E hoje não te busquei,
Mas me encontraste com esplendor.
Sua alma foi além,
De todas as coisas do mundo,
Num infinito paraíso,
A qual tenha evitado.
Isso, pelo fato
De te enxergar com um sorriso,
Perto e longe ao mesmo tempo!
Por um instante, só por um,
Pude embriagar-me de vinho,
Embriagar-me de sonhos,
Embriagar-me de sentimentos,
Embriagar-me do rosto!
Caio ao pés do Cisne,
Que em metamorfose,
Transformas-te em vontade,
Ao término das cinco horas da tarde.
A memória depende de muitas possibilidades,
Desta forma, é em ti,
A luz a qual acendeu no coração,
Uma faísca de esperança poética,
Pois um poeta não anseia em despertar
Do seu adormecimento intenso,
Quando já não existe mais nada
Para dar a ele o caminho
Certo das pedras e montanhas,
Chegando a proporção mínima das águas.
Hoje, quero preservar tua voz,
Ecoando no horizonte,
Cuja ponte é a parte inevitável,
Trazendo o mistério a atrair por ser belo.
Se me permites neste poema,
Dizer o quanto foi vivo o encontro,
Direi: - Sim, imaginável!
Então, transcende o meu olhar neste instante,
Ao passo de estar em constante inexistência,
Por não haver detalhes da sua história.
03/12/2019