Vinho
Abro a garrafa de vinho saboreio
lentamente
Começo folhear o livro da memória
lembranças
Histórias vividas aos anos de vida
passados
Meus textos amorosos escandalosos
extasiantes
Degusto o sabor do amor, vermelho
rubro cor de sangue
Língua mordas afiada segura, seca
a boca, bebo mais
Embriago-me no torpor de uma vida,
esqueço as horas
Garrafa pela metade apoio maldito
ferre o corpo
Meus aposentos minha cama em
dossel cortinada
Segredos passado ainda guardado
das alcovas de amores
Comodo vazio solitário, molho os lábios
seca a alma
Na penumbra são vultos trêmulos
andantes a luz de velas
Esboço um sorriso sem alegria ,cerro
os olhos caem as lagrimas
Subestimei minha sorte o meu querer
minhas vontades
Mais uma noite na embriagues encho
a taça acaba o liquido
Amanhece o dia o recomeçar de um
novo dia em agonia
ADELE PEREIRA
03 /12/19