Noite Fria
A seguir à tua boca encarnada,
a fúria das palavras, o torpor,
o roer das horas,
o insano bater do peito
o leito sereno como se não houvesse luta
e uma música sem origem nem batuta
te trouxesse.
E já a pele me grita
e o céu cai com estrondo
onde a gemer me escondo.
Uma gárgula vomita de mim a fome.