Noite Fria

A seguir à tua boca encarnada,

a fúria das palavras, o torpor,

o roer das horas,

o insano bater do peito

o leito sereno como se não houvesse luta

e uma música sem origem nem batuta

te trouxesse.

E já a pele me grita

e o céu cai com estrondo

onde a gemer me escondo.

Uma gárgula vomita de mim a fome.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 02/12/2019
Código do texto: T6809309
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