Erudito
Realmente não sei como vives...
Mas assim que tuas lágrimas tocaram o chão
O despertar inequívoco, ali, tive
Que não era o prazer do desejo então
Como uma pluma que o vento aflora
Os sonhos em devaneios em si...
Es tu o álamo que embebeda outrora
Tão ardentes como o pensamento em ti
O dissipar de tuas desventuras
Tornam-se dissonantes as minhas agora
Mesmos nas muitas gotas de amarguras
É o sentido deste que se faz em desforra
Realmente não sinto o que tu sentes...
Queria eu confortar essa alusão
Reconfortar todos os teus entes
Fazendo a luz da escuridão
Sou apenas um pedaço de madeira numa ponte quebrada
A distância pode ser longa e fina como um fio...
Será que essa madeira tão apaixonada
Preencherá todos os espaços vazios...
Não sei com quanto amor se pode ser feliz
Nem por quanto tempo se pode ter o amor
Sei que ele sempre assim o quis
E que fervesse toda minha alma de calor
Como nas belas composições de chopin
Que tiram o folego, a lagrima inesperada
Como algo que preenche um todo como scarpin
Saberias que assim és tão amada