SUTILMENTE

Quantas você já amou?

Quantas você maltratou?

Ferindo no linguajar

Amando no berço

Nas penúrias das noites

No cheiro da essência

Na doce ternura

A alma chora

Calando no vazio do eco

Se eu chorar

Enxugue as lágrimas com beijos

Se faz despir nas couraças

Na transparência

Do toque sutil

Alma chora

Com a carranca do olhar

Quantas feridas você já tocou?

Quantas lhe tocou?

Se despindo entre muros

A alma vagando

Na doce essência do olhar

Quantas você já feriu?

Quantas deixou de ferir?

Na brutalidade

De seu linguajar.