Proeminência
As vezes no labirinto das minhas percepções
Surge sorrateiro o calabouço das tuas inseguranças
Pois além das minhas vagas divagações
Existe em tua alma fatídicas lembranças
Sois tuas memórias como uma armadura
A defender-se copiosamente da desilusão
Mas esqueces que nosso amor é candura
E meu anseio por ti beira insanamente a rendição
Como se cada uma de minhas falhas e desacertos
Fosse para ti metódica comprovação
De que seus amores sobrevoam o céu dos imperfeitos
E pior, tua tristeza respira insubordinação
Sinta-me com a mesma necessidade egoísta de outrora
Não me limite ao cruel hábito de suas comparações
Pois o espelho passado não reflete amores de agora
E nem permite a simples menção das inexistentes ilusões