Meu grande Amor
Eu sempre busquei ter o mundo em diminuta forma na palma de minha mão.
Eu me permitir mergulhar em tudo que pude, ou ousei buscar.
Tantos "eus" e caminhos cabem aqui, mas eu nunca soube onde realmente estava e o ser perdia-se na agoniada estrada, caminhos feitos de sonhos, mitos e solidão... Imensa e profunda, vencendo a grandiosidade dos oceanos, arrebentava em meu peito e cortava meus olhos em em água e sal, não havia nada.
Então o "eromito" se estabeleceu forte na poesia, e cada poema era narcótico, paliativo para um saudade que eu não compreendia.
Era constante guerra!
Sempre foi assim, e quando deixo uma roupa velha e me permito aos novos tecidos, sempre a mesma alma em silêncio?
E me pergunto, hoje que meu silêncio é música e meus poemas são beijos e amor, quando desta terra me for terei que novamente voltar e viver o vazio de esquecer e mais uma vez te buscar?
Meu silêncio era amor, minha dor não era de fato dor, era meu guia, meus ouvidos inclinados para a doce melodia da flauta de Krishna.
Existia uma paz que eu visitava nos campos de uma infância a eras perdida.
Ha! Eu era de toda alma completamente viciado em me sentar diante o horizonte de lembranças, sozinho lembrar de me recordar. E sempre diante ao azul do mar e sua grandiosidade eu respirava fundo e a saudade me dizia: "O que buscas em mim?"
E eu respondia: Paz... Amor...
Tantos amores, tantos e tantos momentos... Eu não sabia o que me faltava, apenas que estava longe.
Amor de minha vida, se hoje não escrevo tanto como antes é pq vivia contigo em poema e poesia... Era a forma mais doce e real de ser completo e feliz.
Era assim que a e o amor me visitava e eu não lhe dava um rosto, pois eu queria ser surpreendido e tantos tentaram me enganar em fraco e sombrio tempo perdido.
Amor de minha vida, eu sou poeta, até te encontrar e quando te encontro eu sou a própria poesia, vou além do vulgar... Hoje sou inteiro e canto o amor que ouviu o meu chamar.
Quem de fato me lia e me desafiava, quem me encantava com lábios fartos e carmim, com olhos marcados, e cabelos dourados... Nossa! E o "eromito" se fez realidade, e no primeiro beijo eu já sabia que estava diante a paz e o amor por quem minha inocente saudade clamava.
E quando me vi sem ti novamente, eu quase morri e não havia ninguém que me arrancasse o luto, que aliviasse a dor em peito... "Tragam de volta a minha amiga, a minha irmã, a minha paz... O meu amor..."
Sim, eu e você contra o mundo!
E você voltou!
Amor de minha vida! O que posso dizer agora, nesse momento em que te vejo dormir ao meu lado?
Eu te amo, simplesmente amo! E amo tanto que essa pequena, mas grande palavra, nada diz e tudo fala.
Eu te universo para todo sempre do sempre e para sempre enquanto houver o sempre.
L.T. R.C Aguiar