O jardineiro solitário.
O jardineiro se dedica a cuidar de plantas,
plantas que não o pertence.
Vezes cuida de flores que estão murchas
por falta de atenção,
ou por algum incidente.
Ele cuida, cuida, cuida.
Mas sabe, elas não o pertence.
De tantos jardins arrumados,
o seu próprio fica bagunçado.
Ainda assim continua o jardineiro,
ele faz por amor, não por dinheiro.
Um dia encontra uma Rosa,
o jardineiro acostumado a cuidar de flores,
então descobre o encanto da rosa.
Pela Rosa ele se apaixona,
cuida dela até na chuva,
mesmo que ele esteja na lona.
O jardineiro é imponente!
Tudo que ele gosta em uma plantinha,
sobra na Rosa de uma forma reluzente.
Mas toda Rosa tem seu cravo,
a cada briga, uma pétala a menos.
O jardineiro com a pétala em suas mãos,
leva para a Rosa e a conserta.
O jardineiro é paciente!
De tantos remendos a Rosa está murcha,
o jardineiro impotente,
mas tudo que ele gosta em uma plantinha,
está ali na sua frente.
O jardineiro então rega a Rosa,
de atenção,
de carinho.
O jardineiro é condescendente!
O jardineiro cura a Rosa,
de novo ela está linda,
o cravo foi embora,
a Rosa está vívida.
O jardineiro quer a Rosa,
a Rosa curada agora se vai.
O jardineiro então percebe...
Assim como as flores, as rosas também não o pertence.