No Leito de Morte

Não me canso de escrever a ti

Para que um dia possa saber

Que cada dia que eu vivi

Foi sonhando em um dia viver

Ao teu lado

E mesmo que me ache um louco

Vai saber que se enlouqueci

Foi pouco, muito pouco!

Ao menos não morri

Frustrado

Por nunca lhe dizer o que sentia

E mesmo que todas as poesias

Não puderam te convencer

Que você nasceu pra mim e eu pra você

Tanto faz

O que eu não quero é que em meu jazigo

Venha algum amigo

Dizer que fui covarde

É por isso que falo com verdade

Eu te amo e a ninguém mais

Para que eu possa morrer em paz

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 19/11/2019
Reeditado em 19/11/2019
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