Da fragilidade do amor

Como é a vida onde não há tempo?

Fora da barreira das canções felizes,

Em meio aos sopros do desumano

Encanto? Quais os cálculos do padrão,

Quando se prefere o caos do inusi-

tado sentimento? Paz aos desajustados,

Amor aos cansados de amar. São

Meus desejos e meus medos, minha

Paixão sombria pelo descaso, meu

Glamour em faixas de papel. Sou

Minhas próprias perguntas e respostas,

Poema sem poesia numa frase feita.

Quando o mar dissipar a areia, serei

A necessidade de praia. Quando o

Barco conceber a crença, serei o medo

De velejar. Quando não houver mais

Perguntas, serei a resposta indese-

jada. Assim, de alma livre, aprenderei

O caminho das pedras, e seguirei

Rumo ao teu impossível amor.

João Barros
Enviado por João Barros em 18/11/2019
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