O mais sublime amor

Como seria possível viver intensamente,

se não houvesse o sacrifício?

A contradição é o obvio da vida.

Pois a maioria pensa viver

quando não passa de um cadáver na linha do tempo,

e os que de fato vivem,

só vivem porque renunciaram a própria vida.

Nascemos, e vivemos naturalmente,

e nascemos mortos espiritualmente.

Até que a Vida nos encontrou, nos soprou

e nos proporcionou um novo viver.

Um viver de Vida!

E não mais vamos seguindo levando a vida.

Porque não faz sentido!

Não dá pra simplesmente ir levando,

pois nesse levar não há propósitos, não há alvo,

e não há intensidade verdadeira.

A intensidade do momento não se compara

à intensidade do eterno.

Não faz sentido viver o natural, seguindo e respirando, lutando por uma suposta felicidade feita do momento,

da sensação de liberdade, do estímulo ao prazer,

e do dito amor à própria vida.

Mas o que é esse amor, comparado a Vida?

A Vida que se fez morte pra trazer fôlego.

A entrega mais intensa de todo o viver.

O mais sublime Amor, o verdadeiro, o incomparável,

O sacrificial. A fonte de Vida. O Cristo.

Não dá pra respirar, não dá pra caminhar,

não dá pra levar, não dá pra seguir, não dá!

Não é possível viver intensamente,

sem a intensidade de Cristo.

Porque dEle, por Ele e para Ele

são todas as coisas.