Fraternos

Fraternos sempre fraternos
São os seus abraços e beijos
Totalmente fraternos de desejos
Escondidos na sutileza do verbo

Porque do fraterno nasce à raiz
Que o sentimento não cala
Que a voz não fala
Mas o coração sente

Fraternais são as palavras
Os sentidos fogem delas
Camuflados de decências
Perdem-se em desejos ardentes

E o terno é engomado
A gravata arrumadinha
Os passos firmes no chão
Mas os olhos esses não negam

Percorrem o corpo da moça
E se perdem em zonas certas
Com a cabeça estonteada
A enlouquecer de cobiça

Fraterno então é o abraço
Mas as mãos vão levemente
Procurar os seus compassos
Fraternas ele declara

E elas vão deslizando
Tão levinhas e macias
E a moça então se pergunta
Onde está a fraternidade?

Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 03/10/2007
Código do texto: T679613
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