Meu grande ardor
Ela me domina com seus olhos aquarela,
Ela é meu nirvana,
Minha dama,
Meu melhor poema.
Eu vivo muitos dilemas,
Mas ela é meu fonema.
Minha musa,
Meu coração todo dia faz uma oração.
Ela ajeita o cabelo.
É tão perfeita.
Coloca a mão no queixo.
Eu não tenho queixa.
Ela lê seu livro.
Eu leio minha paixão.
Obrigado coração.
Eu estou tão frio,
Não quero este vazio.
Por favor, me abrace
Me aqueça com seu calor
O meu amor não correspondido,
Com minha dor anda lado a lado.
O clima está tão abafado.
Estou sufocado.
Eu só queria liberdade poética,
Para ser amado não importa a ética.
"Por que os homens de exceção sofrem com o coração?"
Eu ouço minha emoção,
As vezes minha razão atrapalha a decisão.
Neste trilho da vida,
Eu sou só um andarilho.
Eu pego a estrada para achar o tesouro,
O sorriso da amada.
Mesmo melancólico,
Eu acredito no "eu-lirico".
No meu ver,
O afeto está intrínseco no ser.
Mesmo sem entender,
Ainda sem poder,
Eu só quero te ter.
Meu amor, se eu morrer
Não será por sofrer,
Você pode não crer,
Mas será somente por querer.
Minha "semideia",
Você é meu mundo das ideias.
Eu só peço ao Amor,
Que ele possa te dar muito fervor.
Nem Camões com todo seu poetar,
Consegue explicar esse seu amar.
Nem platão com seu filosofar,
Consegue entender seu coração.
E eu mero pecador,
Só quero te amar com todo meu amor.
De um poeta amador,
Meu grande ardor.
Pedro Lino.