Meu jeito de amar

Sou incoveniente

bagunço-a o dia em busca de atenção

E adapto os meus em tua intenção.

Não importa o quão reluta sua mente

Como quem ao seu próprio veneno consome

Sem buscar o sentido de amar

Amo com bicho irracional a vagar

buscando apenas saciar a fome

Sou tão quente como o sol

E a queimo a pele na imaginação

Iluminado ao sopro de uma solidão

Na terra perene do meu lençol

E não durmo, não enquanto não consigo

Mesmo que somente em minha mente

Tê-la, como quem tem algo e mente

Mesmo ela não me tendo consigo

Não sossego enquanto não a tenho

E para isso faço o que for preciso

Mesmo que me negue um sorriso.

Em mais nada emprego tal empenho.

Passo noites inteiras em claro

Se me promete outro dia a encontrar

E lembro desde queixo ao calcanhar

A quem derai fim ao meu desamparo

E me deixo ser consumido

Viro presa, agora tu, o animal

Sacia a vontade, viceral

De fazê-lo até encontrar-mos real sentido.

12/11/2019 22:32

Henrique Erik Machado
Enviado por Henrique Erik Machado em 13/11/2019
Reeditado em 13/11/2019
Código do texto: T6794121
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.