Meu jeito de amar
Sou incoveniente
bagunço-a o dia em busca de atenção
E adapto os meus em tua intenção.
Não importa o quão reluta sua mente
Como quem ao seu próprio veneno consome
Sem buscar o sentido de amar
Amo com bicho irracional a vagar
buscando apenas saciar a fome
Sou tão quente como o sol
E a queimo a pele na imaginação
Iluminado ao sopro de uma solidão
Na terra perene do meu lençol
E não durmo, não enquanto não consigo
Mesmo que somente em minha mente
Tê-la, como quem tem algo e mente
Mesmo ela não me tendo consigo
Não sossego enquanto não a tenho
E para isso faço o que for preciso
Mesmo que me negue um sorriso.
Em mais nada emprego tal empenho.
Passo noites inteiras em claro
Se me promete outro dia a encontrar
E lembro desde queixo ao calcanhar
A quem derai fim ao meu desamparo
E me deixo ser consumido
Viro presa, agora tu, o animal
Sacia a vontade, viceral
De fazê-lo até encontrar-mos real sentido.
12/11/2019 22:32