as duas faces do amor

alegro-me em dias sem rancor

mas fico triste em noites sem amor.

como um rio em direção ao mar

como a esfera do beijo circular

as dores e as mágoas

não passam das duas faces do amor

na lua eu escrevi poemas sem razão

nas estrelas eu falei versos que não saíam do coração.

talvez, voce diria que eu estava mentindo

mas eu lhe digo e confesso

confesso que as duas faces do amor

me fazem ser diferente do que realmente eu sou.

como o bálsamo em plena luz do dia

como o orvalho numa noite de primavera

ao longo da esperança que está dispersa

anjos acabam destruíndo a paixão

como a vida pode sofrer tanto

sem ao menos

em cada momento o seu beijo perecer

tanta dor em cada espírito

tanta tristeza em cada alma

tanta revolta em tanta emoção

tanto sofrimento em um só coração

quem nunca pecou

que atire a primeira pedra

quem nunca mentiu

que atire a segunda pedra

quem nunca traiu

que atire nenhuma pedra

porque só olhando nos olhos e consentindo as duas faces do amor.

que lealdade a um desejo

que ódio a um amor

nas verdades da vida

eu curei a ferida

que as duas faces do amor fez na tua alma.

nas plenitudes da melhor certeza

eu fiz a besteira de não te amar para a vida inteira.

porque as duas faces do amor

são as duas faces do horror

ver e dizer

o que realmente

o coração

sente ao te dizer

eu não te amo.

Zorro Poeta
Enviado por Zorro Poeta em 03/10/2007
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